13º salário deve injetar R$ 196,7 bilhões na economia em 2016
O DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgou hoje, 27 de outubro, os impactos do pagamento do 13º salário na economia em 2016. Até dezembro deste ano, estima-se que deverão ser injetados na economia brasileira aproximadamente de R$ 197 bilhões. Este montante representa aproximadamente 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e será pago aos trabalhadores do mercado formal, inclusive os empregados domésticos; aos beneficiários da Previdência Social e; para aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados e municípios.
A economia paranaense deverá receber, até o final de 2016, a título de 13° salário, cerca de R$ 10,8 bilhões, aproximadamente 5,5% do total do Brasil e 34,2% da região Sul. Esse montante representa em torno de 2,7% do PIB estadual. O contingente de pessoas no estado que receberá o décimo terceiro foi estimado em 5,1 milhões, o correspondente a 6,1% do total que terá acesso ao benefício no Brasil.
Em relação à região Sul, esse percentual é de 35,2%. Os empregados do mercado formal, celetistas ou estatutários, representam 60,5%, enquanto pensionistas e aposentados do INSS equivalem a 37,5%. O emprego doméstico com carteira assinada participa com 1,9%. Segundo dados do DIEESE cerca de 84 milhões de brasileiros serão beneficiados com um rendimento adicional, em média, de R$ 2.192. Estas são as estimativas
Para o cálculo, o DIEESE leva em conta dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho. Também foram consideradas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e informações da Previdência Social e da Secretaria Nacional do Tesouro (STN). No caso da Rais, o DIEESE considerou todos os assalariados com carteira assinada, empregados no mercado formal, nos setores público (celetistas ou estatutários) e privado, que trabalhavam em dezembro de 2015, acrescido do saldo do Caged do ano de 2016 (até agosto).
Da Pnad, o DIEESE utilizou o contingente estimado de empregados domésticos com registro em carteira. Foram considerados ainda os beneficiários – aposentados e pensionistas – que, em agosto de 2016, recebiam proventos do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) -e os aposentados e pensionistas pelo regime próprio da União e dos Estados e municípios. Para estes dois últimos, entretanto, não se obteve o número de beneficiários. Para os assalariados, o rendimento foi atualizado pela variação média do INPC no período janeiro-agosto de 2016 sobre igual período de 2015.