Em: 03/03/2017 Compartilhar: Facebook

Greve dos empregados da APR já dura 24 dias

A greve dos empregados da APR (Associação Paranaense de Reabilitação) lotados no CHR (Centro Hospital de Reabilitação) já dura  24 dias. Eles estão sem receber o 13º salário de 2015, os salários de setembro e outubro de 2016 e o salário de janeiro  e de 2017. A APR também não está pagando as férias e não vem depositando em dia o FGTS.

A direção da APR informou na sexta-feira , 03 de março, que em 15 dias terá um posicionamento da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba sobre o repasse de recursos referentes ao convênio com a entidade.
Segundo a APR, os salários estão atrasados porque a administração municipal não repassa as verbas conveniadas desde novembro do ano passado e que a dívida com a APR já é de R$ 800 mil.

Os trabalhadores, explica Marcelo dos Santos, Vice-presidente do SENALBA-PR esperam o mais breve possível fim do impasse envolvendo a direção da APR e a Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba sobre o repasse de recursos referentes ao convênio. “Os empregados vão manter a paralisação e só retornarão ao trabalho quando os salários atrasados estiverem sido depositados em suas respectivas contas correntes”, argumentou o dirigente.

Marcelo dos Santos lembra ainda, que a APR, a Secretaria Municipal de Saúde e a FUNEAS (Fundação Estatal de Atenção à Saúde do Paraná) não apresentaram à Procuradoria Regional do Trabalho os documentos que justifiquem os problemas relativos aos atrasos de repasses de recursos públicos à APR.

Tanto a Secretaria Municipal da Saúde como a FUNEAS foram intimadas no dia 21 de fevereiro, após a audiência de conciliação, pelo procurador do Trabalho, Luiz Antônio Vieira para que se manifestassem no prazo de cinco dias sobre os atrasos de recursos à APR.

Além do representante da APR participaram da audiência de conciliação na Procuradoria do Trabalho, dirigentes do SENALBA-PR, Sindicatos dos: Psicólogos, Fonoaudiólogos, Nutricionistas, Fisioterapeutas e Assistentes Sociais, entidades que representam os profissionais liberais contratados pela APR.

Os problemas envolvendo atraso de salários na APR são antigos e foram motivos de outras greves ocorridas em 2015 e 2016. Até meados de setembro de 2016, a principal fonte de recurso da APR eram os convênios mantidos com o Governo do Estado do Paraná, através da Secretaria de Estado da Saúde, mas no final do ano.

Desde setembro do ano passado, a FUNEAS (Fundação Estatal de Atenção à Saúde do Paraná) assumiu a administração contratando novos empregados para trabalhar no CHR. Mesmo assim, ainda permanecem no quadro do CHR empregados contratados pela APR os quais continuam sofrendo com os atrasos nos pagamentos dos salários.