Em: 20/03/2019 Compartilhar: Facebook

SENALBA-PR – REFORMA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, SERÁ MESMO QUE É NECESSÁRIO?

A “reforma” da Previdência Social será mesmo que é necessária? Acreditamos que sim. Mas temos certeza que da forma disposta não! Então vamos nos manifestar contra essa reforma, dia 22 de março, concentração a partir das 9h00, na Boca Maldita, em Curitiba-PR.

A Diretoria do SENALBA-PR convida os trabalhadores representados para participarem das manifestações que acontecerão em diversas cidades do Estado do Paraná nessa sexta-feira, 22 de março. Em Curitiba-PR faremos uma manifestação pacífica e democrática, a partir das 9h00, na Boca Maldita. No local será realizado uma panfletagem informativa sobre a reforma da Previdência. Logo mais, às 11h00, se iniciará uma caminhada pela Rua XV de Novembro com destino à sede do INSS aonde haverá um ato simbólico em defesa da Previdência Social.

Nos acomodamos durante os debates da reforma trabalhista e ela passou! Perdemos a ultratividade, o direito da homologação das rescisões de contrato de trabalho nos Sindicatos, a prevalência do melhor acordo para o trabalhador, ficamos a mercê da terceirização e do trabalho intermitente, surgiram os honorários de sucumbência, dentre outros retrocessos.

Agora está posta a tal “Reforma da Previdência”, que o governo federal já descaracteriza tratando-a como “Nova Previdência”. Nova pra quem? Nós trabalhadores do regime geral de contribuição, também chamados trabalhadores urbanos, não temos déficit orçamentário com a Previdência Social. Ao contrário, além de nos mantermos geramos superávit orçamentário. O INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), órgão governamental que faz a gestâo da Previdência Social, possui mais de 3 mil imóveis inutilizados, muitas vezes gerando despesas, os quais poderiam ser leiloados afim de cobrir o déficit da Previdência. Na gestão do Presidente Michel Temer foram perdoados em torno de 1 trilhão de reais em dívidas com o INSS por meio de refis. Servidores do Poder Judiciário chegam a se aposentar com salários de até 30.000 reais por mês. Com todo respeito aos Trabalhadores Rurais, estes sim merecem uma aposentadoria especial, devido as condições de tempo, temperatura e esforço físico aos quais são submetidos no dia a dia, porém hoje somam mais de 6 milhões de aposentados, dos quais menos de 30 mil se aposentou por tempo de contribuição. Os Servidores Públicos que se aposentam com salário integral e muitas vezes são promovidos ao teto do cargo em exercício quando na época de se aposentar. Militares que também se aposentam com o salário integral e após o falecimento suas pensões podem ser destinadas às filhas prologando assim os custos à Previdência Social. Agora imagine um trabalhador da construção civil trabalhando até os 65 anos para obter o benefício da aposentadoria? Será que ele terá saúde e disposição física para conquistar sua aposentadoria? E emprego? Será que vai haver emprego para um pedreiro com mais de 55 anos? E a regra de transição de apenas 12 anos para o novo regime? Essa transição vai prejudicar em muito aqueles que já estão no mercado de trabalho e contribuindo com o INSS. Somente nós, trabalhadores urbanos do regime geral, que somos superavitários com a Previdência Social, teremos que completar 62 anos no caso das mulheres 65 anos no caso dos homens, para poder requerer a aposentaria. Não é Justo! Por todos esses motivos temos que nos posicionar contrários a essa reforma! Certamente não iremos impedir a reforma, mas se nos unirmos agora poderemos pressionar e quem sabe, reduzir nosso tempo de aposentadoria e elevar o tempo de transição. Só depende de nós!

Os atos contra a reforma da Previdência que serão realizados no dia 22 de março não se tratam de ações contra o inominável presidente da República, nem contra nossos empregadores, mas sim, uma defesa dos nossos direitos constitucionais, principalmente por não ser justa a mudança das regras com o jogo em andamento.

Clique aqui e compare como seria sua aposentadoria nas regras atuais e como será sua aposentaria com as novas regras.

Veja abaixo algumas notícias relativas a reforma da Previdência que ajudam a entender a necessidade das manifestações:

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